A agricultura
dos Estados Unidos, uma das mais modernas e produtivas do mundo tanto em área
quanto em volume de produção, organiza-se em grandes faixas, zonas ou cinturões
agrícolas denominados belts, formados conforme as particularidades
históricas de povoamento, as condições climáticas e os tipos de solos.
Os belts são especializados no cultivo de determinados produtos, como
trigo, milho, algodão, frutas, culturas tropicais. Merecem ainda destaque as
produções de soja, tabaco, laranja e gado bovino.
É importante ressaltar
que esses cinturões não constituem áreas monocultoras, pois, além do cultivo
principal, existem também cultivos secundários.
De modo geral, podemos apontar três grandes zoneamentos
agrícolas: os Green
belts do
Nordeste, o Central
belt e o Oeste.
Green Belts
A região abriga uma grande população, calculada em mais de 100
milhões de pessoas. Para atender a toda essa população, a agricultura é
responsável por produzir hortifrutigranjeiros (hortas, granjas e pomares) nos Green belts ("cinturões verdes"), compostos de pequenas
propriedades localizadas no entorno das áreas urbanas.
Saliente-se que os Green
belts não se limitam à região
Nordeste, mas também são encontrados no entorno de outras grandes cidades
norte-americanas, principalmente as localizadas na costa oeste, como São
Francisco e Los Angeles.
Central belt
Corresponde à Planície Central, localizada entre os Apalaches e as Montanhas Rochosas.
Essa região é ocupada por enormes propriedades monocultoras, que se agrupam em três principais cinturões:
1. Wheat belt, especializado no cultivo do trigo, que ocorre ao norte, plantando-se na primavera e colhendo-se antes das nevascas, e mais ao sul, onde é plantado no inverno;
2. Corn belt, especializado no cultivo do milho; e
3. Cotton belt, especializado no cultivo do algodão, ocorrendo tradicionalmente no sul, por ser uma região mais quente; mas, nos últimos anos, sua produção tem-se elevado muito na Califórnia.
Oeste
Nessa região há dois sistemas muito distintos:
1. Ranching
belt - Nesse cinturão estão as maiores propriedades rurais do país,
dedicadas principalmente à pecuária bovina de corte e ovina (ovelhas,
carneiros, cordeiros). Localizam-se nos planaltos de Colúmbia e Colorado, áreas
de clima predominantemente árido e semi-árido (com invernos frios e verões
amenos).
A produção nas propriedades é, em geral, extensiva e de baixa
produtividade. Porém, já são comuns propriedades com produções intensivas de
gado de corte. Vale ressaltar que os Estados Unidos possuem o quarto maior rebanho
bovino do mundo, com cerca de 100 milhões de animais, superado apenas por
Índia, Brasil e China.
2. Dry-farming - São
fazendas típicas do sul da Califórnia, área bastante árida, onde se desenvolve
uma fruticultura de excepcional qualidade, devido a uma técnica de arar criada
no século 19 e empregada até hoje: grandes e poderosos tratores, que revolvem a
terra profundamente, trazem para a superfície os solos mais úmidos e férteis.
É importante ressaltar que esses cinturões não constituem áreas monocultoras, pois, além do cultivo principal, existem também cultivos secundários.
No capitalismo, a localização de uma determinada atividade econômica é essencial para a viabilidade do processo de reprodução ampliada do capital.No caso da Agricultura Empresarial Norte-Americana, essa afirmativa é particularmente verdadeira, por isso, a especialização espacial sempre foi um de seus atributos mais marcantes, ainda que hoje essa característica não seja mais tão acentuada quanto foi no passado.
Referências:
GRILO, P. Cinturões Agrícolas (Belts) nos EUA. Acessado em 13 de outubro de 2013. Disponível em http://www.desconversa.com.br/geografia/cinturoes-agricolas-belts-nos-eua/
MIRANDA, Â. T. de. Espaço agrário nos EUA: Conheça os grandes "belts". Acessado em 13 de outubro de 2013. Disponível em http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/espaco-agrario-nos-eua-conheca-os-grandes-belts.htm
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